quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Pensamentos disformes e prematuros

Hoje, a noite marca-se com a falta de lucidez. Serena preguiça de ser, de enxergar e de viver. Com sono e cansaço de nada, com vazio de tudo mas pouco vazio. Com indiferença cega, empatia e felicidade distante, sonho constante, medo do real e do futuro.

Hoje a minha noite delineia-se pouco realista, carente de realidade. Hoje, sem paixão para gritar e para arder, sem dor para sofrer e para reafirmar a vida. Nesta existência monótona, pequena e despreocupada há vida como há fogo na tímida chama que trepida numa vela acesa. Pouca vida, pouca luz que produz muita sombra.

Hoje a noite é cega e perdida sem ver o chão, sem achar sustento no céu, sem ainda o canto dos pássaros que benvindam todo dia recém-nascido. Nesta noite jaz o constante lamentar incompreendido do nada, inalcançável, disforme. Na noite incompreendida jaz o caos que outrora era companhia.

Resta apenas o silêncio mal perturbado: mal se vê o resto.

(...)

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