Que minhas palavras não nasçam nunca do esforço, mas da necessidade, e que em seu sangue corra a sinceridade e a espontaneidade deste que escreve.
terça-feira, 14 de janeiro de 2014
Uma sutil diferença entre o filósofo e o poeta (...)
Talvez (porque falo de mim) o poeta arrisque-se, quando muito, a falar de si, enquanto que o filósofo, ousado, fala por nós. Confesso que falo com frequência por nós, mas também graças à Deus, e reconheço minha ousadia, minha megalomania disfarçada de vício de linguagem. Com isto, peço ao leitor um perdão antecipado ou uma licença para incluir o plural. O perdão inclui ou aceitação, ou indiferença, ou uma distante empatia (ou todos). Já na licença vem não questionada a inquestionável afirmação de que alguém, no mundo, me entende. E só assim me diminui o desconforto: não o de estar sozinho no mundo, mas o de falar por nós.
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